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quarta-feira, 22 de março de 2017

Governo anuncia corte de R$ 58,2 bilhões no Orçamento de 2017

O governo anunciou nesta quarta-feira (22) um corte de R$ 58,168 bilhões no Orçamento de 2017.  O valor acabou vindo acima do que se especulava nos últimos dias, na faixa entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões.

O objetivo do "super corte" seria cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para este ano. A necessidade de contingenciamento decorre de uma queda de R$ 55,340 bilhões na estimativa de receita primária total e de um aumento de R$ 3,406 bilhões nas despesas previstas para este ano.

De acordo com nota divulgada pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, somente as receitas administradas tiveram sua estimativa reduzida em R$ 34,061 bilhões. Já a previsão para a arrecadação previdenciária ficou R$ 9,373 bilhões menor. “Ressalta-se a revisão na arrecadação de certas concessões e alienações de ativos, que tiveram que ser ajustadas em função de previsões mais realistas de concretização”, afirma o documento.

Pelo lado das despesas obrigatórias, houve aumento pelas reestimativas dos gastos anuais com benefícios como o LOAS e subsídios, mas parte de acréscimo foi compensado pela redução na projeção de despesas com benefícios da Previdência.

Revisão de parâmetros

O governo revisou parâmetros macroeconômicos do Orçamento, entre eles a projeção para o crescimento da massa salarial, que passou de 7,4% para 4%. A expectativa de taxa de câmbio média de 2017 passou de R$ 3,4 para R$ 3,2 e de taxa Selic média foi de 12,1% para 10,9%.

Também foi revista a projeção para o preço médio do barril de petróleo, que passou de US$ 46,8 para US$ 56,2. Para o IGP-DI, a previsão passou de 5,5% para 4,6%. Ainda houve mudança no valor do salário mínimo, já anunciada pelo governo no início do ano, que passou de R$ 945,8 para R$ 937.

Mais cedo, o governo havia anunciado revisão na projeção para o PIB de 1,6% para 0,5% e do IPCA de 4,8% par 4,3%.

Fonte DN