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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Secretário de Segurança nomeia novo comandante-geral da PM e apaga a crise entre coronéis da Corporação

André Costa manteve o tenente-coronel Alexandre Ávila como seu secretário-adjunto. A nomeação causou o incidente

    Coronel Ronaldo Viana foi nomeado o novo comandante-geral da Polícia Militar 

O novo secretário da Segurança Pública do Ceará, delegado federal André Costa, teve que agir rápido paracombater a primeira crise da sua gestão. No retorno para Fortaleza após uma reunião no Ministério da Justiça, em Brasília, o gestor recém-empossado trocou todos os nomes que iria anunciar para o Comando-Geral da Polícia Militar, e manteve o oficial da PM que havia sido indicado como secretário-adjunto da SSPDS.

O incidente atingiu o alto oficialato da PM e ocorreu logo após ter sido “vazado” na Imprensa o nome do tenente-coronel Alexandre Ávila Vasconcelos para o cargo de secretário-adjunto da SSPDS, isto é,  subsecretário da Segurança. A indicação desagradou três coronéis que iriam assumir o Comando-Geral da PM, os coronéis Kennedy Pimentel Lopes (seria o comandante-geral), Willamar Galvão (comandante-adjunto) e Franco Neto (secretário executivo do Comando).

Os três coronéis teriam se rebelado por não aceitar um oficial de patente inferior à deles no comando da Segurança Pública, mesmo que em eventuais substituições ao secretário, o que para eles seria uma quebra da hierarquia da PM.

Agiu rápido

A crise entre os oficiais superiores da Corporação acabou deixando o novo secretário em situação vexatória. No retorno a Fortaleza, Costa foi rápido e duro  na solução para a crise. Manteve o tenente-coronel Alexandre como sendo seu vice (secretário-adjunto) e nomeou outros três oficiais para comandar a Polícia Militar.

Os coronéis escolhidos para chefiar a PM nos próximos dois anos são: Ronaldo Viana para o comando-geral da PM (estava na Casa Militar), Adriano Soares para o cargo de comandante-adjunto ou subcomandante (era coordenador de Inteligência da corporação), e Vandesvaldo Carvalho, para a secretaria executiva da instituição.

Já os três coronéis que decidiram não aceitar a indicação do tenente-coronel Alexandre como secretário-adjunto da SSPDS deverão deixar a Ativa e seguem para a Reserva Remunerada.

Operações

O perfil dos três coronéis escolhidos para comandar a PM é de operacionalidade, isto é, são oficiais mais ativos no trabalho nas ruas, enquanto os anteriores eram considerados mais ligados ao setor administrativo e burocrático da corporação. 

Por FERNANDO RIBEIRO