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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Operação Lava Jato chegará ao Ceará em 2017 e pode levar até 45 gestores públicos e empresários a prisão

Investigações sobre desvios de verbas públicas para propina a políticos já têm 15 nomes, entre eles, o de Cid Gomes

Ex-governador Cid Gomes é apontado como um dos envolvidos na lista da propina

A Operação Lava Jato vai desembarcar no Ceará em 2017. Com o retorno das atividades da Justiça Federal após o recesso de fim de ano, em fevereiro próximo, as investigações sobre o desvio de verbas públicas com o pagamento de propinas a gestores públicos deverão alcançar políticos e dirigentes de estatais e empreiteiras.

Na mira da investigação estão vários gestores públicos locais, entre eles, e com mais destaque, o ex-governador Cid Ferreira Gomes (PDT), que poderá ter a prisão decretada assim como outros políticos ligados a setores que lidaram com obras de grande porte, como a reforma da Arena Castelão para os jogos da Copa do Mundo da Fifa.

Outras obras que estão sendo vasculhadas por procuradores e delegados são o Centro de Formação Olímpica (CFO), hoje abandonado; e a construção do Centro de Eventos do Ceará. A delação premiada de empreiteiros na Lava Jato vai levar Cid Gomes e outros políticos do Ceará a terem que “ajustar contas” com a Justiça Federal do Paraná, onde procedem as investigações e onde são acertadas com o juiz federal Sérgio Moro a possibilidade de delações e os acordos de leniência.

Três empreiteiras são alvo da Justiça no Ceará: Galvão Engenharia, EIT e Odebrecht.

Somente nas obras de reconstrução do Castelão (que passou de estádio para arena), foram gastos cerca de R$ 623 milhões. A Galvão Engenharia autuou na obra em regime de consórcio com outras duas empreiteiras, a Andrade Mendonça e a BWA.

Já o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, foi construído a partir de 2013 e somente ficou completamente pronto no ano passado, custando aos cofres públicos cerca de R$ 250,4 milhões. E o Centro de Eventos do Ceará foi construído por R$ 486.51 milhões, cerca  de 33,7 por cento a mais que o valor inicial, de R$ 363,8 milhões.

Nomes

Em poder dos procuradores estão os nomes dos gestores e políticos a serem investigados. A lista encabeçada pelo ex-governador Cid Gomes já tem certos 15 nomes, mas pode aumentar com o aprofundamento do trabalho do MPF e da PF, chegado a 45 pessoas físicas, que correm o risco de irem parar na cadeia. 

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