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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Falsa advogada é presa por golpes

Uma mulher de 58 anos foi presa, na manhã de ontem, no Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira, o 'Frotinha' de Parangaba, suspeita de enganar servidores públicos municipais. De acordo com a Polícia, Olga Pereira Ramos fingia ser advogada e prometia ganhar causas para as vítimas, além de exigir dinheiro adiantado a título de honorários advocatícios. Ela foi presa em flagrante por policiais civis e autuada pelos crimes de estelionato e exercício ilegal da profissão.

O delegado Renê Andrade, titular do 5º DP (Parangaba), onde a mulher foi autuada, revelou que Olga Pereira se apresentava como advogada para servidores públicos e para outras pessoas com o objetivo de ludibriar as vítimas. "Ela utilizava esse ardil e conseguiu fazer várias vítimas. Ontem, recebemos a denúncia e quando os policiais chegaram ao Frotinha da Parangaba ela estava lá e foi presa em flagrante", afirmou Renê Andrade.

O principal golpe aplicado pela falsa advogada teve como alvo funcionários públicos do serviço de saúde municipal que tinham dinheiro a receber após acordo firmado com a Prefeitura por conta de anuênios (adicional devido a cada 1 ano de serviço público) atrasados. "Acordos judiciais foram firmados legalmente entre os servidores e o ente público. Essas negociações tiveram como intermediário o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort). Ela dizia que as pessoas deveriam receber mais do que havia sido acordado e exigia dinheiro adiantado com o pretexto de conseguir aumentar a gratificação", destacou o delegado Renê Andrade.

Mentira

Segundo o titular do 5º DP, para uma das vítimas ouvidas na Distrital, Olga Pereira disse que a mulher tinha direito a receber a quantia de R$ 24 mil. "Na realidade a vítima só tinha direito a R$ 4.880,86. Ela mentia afirmando que a mulher deveria receber oito vezes mais dinheiro, mas teria que pagar R$ 2 mil a ela adiantado", explicou.

Para outra vítima que receberia R$ 5 mil pelo acordo judicial, a acusada pediu R$ 3 mil com a falsa promessa de conseguir que a pessoa recebesse R$ 30 mil. Também prometia obter aposentadoria para pessoas que ainda não tinham direito, conforme a Polícia Civil.

O diretor do Sindifor, Eriston Lima Ferreira, esteve na Delegacia. Ele disse ter sido procurado por alguns servidores na manhã de ontem e descobriu que se tratava de uma golpista. "Acionamos a Polícia e ela foi presa quando tentava receber dinheiro de mais uma vítima". Ferreira alertou aos servidores que não aceitem esse tipo de ajuda. "O Sindicato é o único representante legal da categoria. Nos procurem quando receberem essas propostas fantasiosas". O representante do Sindifort disse ainda que o departamento jurídico da entidade está acompanhando o caso e espera recuperar o dinheiro perdido pelas vítimas.
Red DN