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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Membro de grupo especializado em clonar carros é preso no Eusébio

A Polícia Civil prendeu na última sexta-feira (2) o caseiro Francisco Clemilton da Rocha Bernardino, acusado de participar de uma quadrilha que roubava e clonava carros. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (5), em coletiva para a imprensa pela equipe da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC), que efetuou a prisão. O material para a adulteração dos carros era armazenado em um sítio localizado no bairro Coité, no município de Eusébio.

Com a chegada da Polícia ao local, um dos membros da quadrilha, identificado como Rodrigo Morais da Silva, conseguiu fugir pulando um muro. No local da prisão do caseiro também foram apreendidos quatro carros, todos com o chassi adulterado ou com as placas clonadas.

A prisão é desdobramento de operação realizada em agosto que culminou na detenção de sete pessoas e apreensão de fuzis, que seriam utilizados no resgate de detentos da Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba. A continuação da investigação levou à descoberta do esquema de roubo e clonagem de veículos comandada por Rafael “Xilito”, que está detido em Pacatuba.

Ainda foram encontrados no sítio do Eusébio uma grande quantidade de material, como tintas, colas, etiquestas adesivas, placas automotivas, tarjetas de placas automotivas e lixadeiras. Todos itens seriam utilizados para adulterar veículos roubados.

Organização dentro e fora da prisão

As ações fora dos muros da prisão eram gerenciadas por Bruna Rodrigues Batista, que atuava como “secretária” de Rafael exercendo atividades como o recebimento de dinheiro e o encaminhamento dos veículos clonados para diferentes estados e até para o Paraguai.

Segundo o delegado Rafael Cavalcante, titular da DRFVC,  a quadrilha utilizava uma técnica que ele classificou como “sofisticada”, que consistia na utilização de ácidos caros, cujos frascos de aproximadamente 100 ml custam até R$ 4 mil, para adulterar de chassis a vidros. Já os Documentos Únicos de Transferência (DUT) vinham de São Paulo e do Rio Grande do Norte.

Ainda de acordo com o delegado, não foi possível especificar quantas pessoas integram a quadrilha, já que ela se dividia em ramificações menores. Entretanto, alguns membros do Pará e do Rio Grande do Norte já foram identificados.

Diário do Nordeste