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terça-feira, 17 de maio de 2016

Prestações do 'Minha Casa' ficarão até 237% mais caras

A partir de 1º de julho, as famílias com renda de até R$ 800 pagarão 220% a mais na parcela, passando de R$ 25 para R$ 80.Já as famílias com rendimento de R$ 800,01 a R$ 1.200,00 terão que desembolsar 10% da renda total ( Foto: Fabiane de Paula )

Os brasileiros que precisarem contratar um financiamento na faixa 1 - a mais baixa - do programa Minha Casa, Minha Vida a partir de julho pagarão mais nas prestações, que devem ficar até 237,5% mais caras. A faixa 1 se trata das famílias com renda bruta de até R$ 1.800 mensais.

O Ministério das Cidades explicou em nota que o ajuste está previsto nas Portarias Interministeriais publicadas em 30 de março de 2016 e só será aplicado às famílias cuja indicação seja formalizada na instituição financeira oficial federal após o dia 30 de junho de 2016. Dessa forma, famílias que já são beneficiadas pelo programa não serão afetadas pela alteração.

Para famílias com renda de até R$ 800, a prestação subirá 220%, passando de R$ 25 para R$ 80. Já as famílias com Renda Familiar Bruta Mensal (RFBM) de R$ 800,01 a R$ 1.200,00, terão que desembolsar 10% da RFBM para a prestação.

Enquanto que as famílias com rendimento entre R$ 1.200,01 e R$ 1.800, terão que pagar 25% da sua renda, menos R$180. Com o reajuste o valor irá variar de R$120 a R$270 mensais, antes era cobrado apenas R$80, podendo chegar a uma alta de até 237,5% no valor da fatura.

Melhorias na 3ª fase

Os reajustes se devem à melhorias estabelecidas na nova fase do programa Minha Casa, Minha Vida, além da atualização dos custos da construção. "Frente ao subsídio recebido, os valores da prestação permanecem baixos, chegando no máximo a 15% da renda da família e, na maioria dos casos, as famílias comprometiam muito mais de sua renda com a antiga moradia", justificou o Ministério das Cidades, em nota.

Para o governo, a motivação do reajuste não foi a inadimplência dessa faixa do programa (23%). Entretanto, o percentual é dez vezes maior que os 2,33% de inadimplência em todas as linhas de crédito imobiliário da Caixa no primeiro trimestre do ano.

Diário do Nordeste