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sábado, 12 de março de 2016

Teste do TSE em urnas eletrônicas detecta risco de troca no número de votos de candidatos

O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, durante os testes de segurança das urnas eletrônicas Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

BRASÍLIA – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou na última quinta-feira(10), um teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. No evento, o sistema foi colocado à disposição para que especialistas em informática tentassem quebrar as barreiras de segurança da urna eletrônica. Foram detectadas, então, duas vulnerabilidades. Um dos problemas foi encontrado em urnas com áudio, destinadas a deficientes visuais. Especialistas apontaram a possibilidade de outra pessoa ouvir o som da urna, com a ajuda de um equipamento, deixando uma brecha para identificar o voto do deficiente. Outra falha foi a possibilidade de, depois de fechada a urna, haver troca no número de votos atribuídos a determinado candidato.

Segundo o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, os técnicos do tribunal corrigirão as falhas antes das eleições municipais, marcadas para outubro.

— Já conversamos com os nossos técnicos do tribunal, e isso é facilmente corrigível. O que mostra a vantagem desse tipo de teste, porque se verifica uma eventual vulnerabilidade a tempo de corrigi-la. Não chegaremos à eleição com esse tipo de vulnerabilidade — disse.
Só um partido compareceu ao teste

Apenas um dos 35 partidos políticos, o PDT, compareceu ao teste do TSE. O ministro Dias Toffoli ironizou a ausência do PSDB. Em 2014, depois das eleições presidenciais, os tucanos pediram uma auditoria no sistema de votação, alegando falta de transparência.

— O PSDB não se fez presente aqui ao longo desses três dias, sinal de que eles ficaram satisfeitos com a auditoria que eles fizeram. Tão satisfeitos que sequer acompanharam os testes — declarou Toffoli.

Dias Toffoli ressaltou a importância dos testes para colocar à prova a confiabilidade da urna eletrônica:

— O teste foi um sucesso enorme. Esse é um trabalho colaborativo, em que a Justiça Eleitoral coloca a urna sob todo tipo de devassa exatamente para que possamos aperfeiçoar eventuais sofisticações que a tecnologia, com o passar do tempo, vai obtendo — concluiu.

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