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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

72% dos consumidores de Fortaleza estão endividados


Neste mês de outubro, a Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE),  mostra que 72,0% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O resultado mostra crescimento de 1,9 pontos percentuais com relação ao mês de setembro, quando o índice alcançou 70,1%.

A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve queda de 0,8 ponto percentual, indo de 21,5%, em setembro, para 20,7% neste mês. O resultado é próximo do verificado no mesmo mês do ano passado, de 19,3%, mas a tendência de crescimento se mantém, acompanhando a trajetória de evolução da taxa geral de endividamento.

De acordo com a pesquisa, os problemas financeiros afetam mais as mulheres (21,8% afirmam possuir contas em atraso), os consumidores do grupo com idade acima de 35 anos (20,8%) e do estrato com renda familiar inferior a cinco salários mínimos (21,3%).

O tempo médio de atraso é de 61 dias e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro, a diferença entre a renda e os gastos correntes, citado por 68,8% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 24,6%, seguido da contestação da dívida (10,9%).

Comprometimento de Renda

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 81% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 15,6%; os carnês e crediários (7,6%); e os empréstimos pessoais, com 7,5%.

Os itens mais comprados são alimentação, vestuário, eletroeletrônicos e despesas de educação e saúde .

Segundo o levantamento, o consumidor vem apresentando dificuldades no gerenciamento das dívidas, desde o final do ano passado. Além disso, o peso dos itens de alimentação nas contas a prazo indica dificuldades no controle do orçamento doméstico nos últimos meses. O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.322 e prazo médio de sete meses, comprometendo 32,5% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento. 

O POVO Online