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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Incêndio destrói área correspondente a 100 campos de futebol em Barbalha


Dois incêndios atingiram a Floresta Nacional do Araripe, consumindo até 123 hectares da área. O primeiro foco ocorreu no domingo, 27, por volta das 9 horas, e o segundo teve início na manhã desta terça-feira, 29; os dois foram combatidos nesta tarde.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Juazeiro do Norte, que trabalhou na ocorrência, o incêndio de domingo se alastrou entre os municípios de Barbalha, a 503 km de Fortaleza, e Jardim, a 540 km da capital cearense, consumindo o correspondente a cerca de 100 campos de futebol.

Já o segundo incêndio, de menor proporção, ocorreu entre as localidades de Caldas e Arajaras, atingindo cerca de três hectares da área. A área da Floresta compreende cinco municípios: Barbalha, Jardim, Crato, Missão Velha e Santana do Cariri. A distância entre os dois focos registrados é de cerca de 10 km.

No local, 23 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trabalham com auxílio do Corpo de Bombeiros de Juazeiro do Norte. De acordo com o coordenador da Área Temática de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal, Vicente Alves Moreira, o fogo foi controlado, mas não extinto, e as equipes permanecem monitorando a área.

Conforme o Corpo de Bombeiros, embora as chamas tenham sido apagadas e a umidade da noite ajude a controlar o fogo, durante o dia novas fagulhas podem reacender o incêndio, sendo necessário, portanto, o acompanhamento das equipes.

A Floresta Nacional do Araripe é uma área de preservação, de encosta e serra, o que, segundos os Bombeiros, dificulta ainda mais o trabalho de combate, por não se tratar de área plana.

O coordenador do Ibama, Vicente Alves, explica que os meses de julho a dezembro são considerados mais críticos e propícios a ocorrências como essas, por conta do tempo mais quente e da baixa umidade do ar. De acordo com ele, embora o mês de setembro tenha registrado diversos incêndios de menor magnitude, o pior período ainda deve estar por vir, em outubro, caso não haja chuva.

Ainda conforme o coordenador, não há confirmação da causa dos incêndios ocorridos desde o domingo, porém, há grandes indícios de que o fogo tenha sido provocado por ação negligente da própria população, ou mesmo criminosa.

Vicente destaca que dentro da unidade funciona um setor de fiscalização e, recentemente, algumas pessoas foram abordadas e receberam punições por algum flagrante de desrespeito à área, o que pode gerar multas. Por conta disso, o coordenador acredita que os incêndios possam ter sido provocados em possível retaliação.

O POVO Online