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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Brasil pode perder até 4% das vagas com carteira assinada


O mercado de trabalho brasileiro passa pelo pior momento desde 1996. Até o mês de julho deste ano, o país já acumula uma perda de 778.731 postos de trabalho. O recorde no número de demissões foi atingido em julho com 157.905 demissões. 

Considerando a recessão econômica este ano, as perspectivas indicam uma continuidade na diminuição dos postos de trabalho, ultrapassando 1 milhão até o final do ano.

A atual situação brasileira já superou o resultado de 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando o país perdeu quase 580 mil vagas com carteira assinada. O pior até então. 

De acordo com um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), 2015 deve terminar com até 1,6 milhão menos postos de trabalho. O que representa uma diminuição de 3% a 4% da força de trabalho existente. 

Segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor que mais registrou perdas de emprego foi a indústria de transformação, com fechamento de 64.312 vagas com carteira assinada. Também houve queda no número de empregados com carteira assinada nos setores de serviços (58.010), do comércio (34.545) e da construção civil (21.996). Apenas a agricultura teve desempenho positivo, com geração de 24.465 postos de trabalho

Ministro do Trabalho

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou na última quarta-feira, 9, que o saldo de empregos formais de agosto, que será apresentado ainda este mês, deve ser negativo.

Dias espera que os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês passado apresentem uma queda menos intensa que a registrada em julho, quando houve retração de 158 mil postos.

"Esperamos que haja substancial redução na suspensão dos postos de trabalho", afirmou na ocasião.

O POVO Online