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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Juiz nega revogação de prisão de Cristiane acusada de tentar matar envenenado o próprio filho


Cristiane Renata Coelho, 41, acusada de tentativa de homicídio e homicídio triplamente qualificados contra o esposo, o subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francileudo Bezerra Severino,46, e do filho Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, respectivamente, teve a revogação da prisão negada pelo juiz Eli Gonçalves Júnior. A decisão ocorreu na noite desta quarta-feira, 22. 

O pedido do advogado Paulo Quezado foi feito 20 dias após a primeira audiência, no Fórum Clóvis Beviláqua. Nesta quarta, ocorreu a segunda audiência sobre o caso na Capital. A defesa informou que vai impetrar o pedido de Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça (TJCE) até a sexta-feira, 24. Segundo Quezado, a decisão deve sair 30 dias após o requerimento.  

A audiência começou por volta de 14 horas e foram ouvidas duas pessoas, sendo o perito contratado pela defesa, Ravier Feitosa Aragão, e Cristiane, que permaneceu na sala acompanhada de uma agente penitenciária. Segundo pessoas que acompanharam o depoimento, Cristiane teve momentos de emoção e chorou ao falar dos filhos. 

Segundo o promotor de justiça Humberto Ibiapina, Cristiane manteve a versão de que não envenenou o filho e o marido, além de reafirmar agressão de Francileudo. No entanto, Ipiapina revelou que ela entrou em contradição em alguns momentos, um deles foi quando foi questionada por ter ido dormir sob a suposta ameaça de Francileudo, de que iria fazer uma "besteira" com ela descreve o dia do crime.

 Já o perito contratado pelo advogado contestou a custódia do material periciado. Ele questiona a maneira como o material foi apreendido, como ficou guardado e alega que o local do crime não foi preservado. Entre as observações, que o chumbinho encontrado no ralo da pia da cozinha foi encontrado um mês após o crime, esse material não teria mais validade após 30 dias, segundo o questionamento do perito. 

Segundo o advogado de Francileudo, Walmir Medeiros, uma das situações que mais chamou a atenção no depoimento foi a maneira como Cristiane teria procurado defender o suposto amante. "Ela faz muita questão de isentar o amante. Diz que não tem chance dele estar envolvido. Ela se esforça mais na defesa dele do que na dela", explica. 

 O homem que teve um suposto relacionamento com Cristiane também será ouvido, mas por precatória. Segundo Walmir Medeiros, no dia do crime o homem estaria em Fortaleza, hospedado em uma pousada na Avenida Abolição, no entanto, Cristiane disse não lembrar se o recebeu no Aeroporto de Fortaleza ou na pousada.

O Povo Online