-->

terça-feira, 7 de abril de 2015

Deputado e ex-jogador Jardel demite funcionários e desaparece da Assembleia




O ex-jogador Jardel, eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul, com 41.227 votos pelo PSD, exonerou parte dos funcionários de seu gabinete na quarta-feira, 1º. Dos 21 servidores, 17 foram demitidos.
Além dos quatro servidores antigos que conseguiram se manter no cargo, dois novos estão no gabinete e bancada a partir desta semana. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da Assembleia de segunda-feira, 6.

Após a demissão em massa, o deputado apresentou uma licença-saúde e deve ficar longe de suas atividades por 10 dias.

Em entrevista ao Terra, o novo chefe de gabinete do deputado, Cristian Lima, esclareceu a situação.

Segundo ele, o motivo da exoneração foi o descontentamento do deputado com o trabalho dos servidores. O chefe de gabinete ainda apontou um dos funcionários que "responde a processo por corrupção".

Cristian Lima disse ainda que o desaparecimento de Jardel foi após o ex-jogador ter sido ameaçado. Ele foi orientado por seus assessores jurídicos a "desaparecer temporariamente".

"O deputado está atestado, incomunicável, para o bem de sua segurança física e mental", disse o chefe de gabinete.

O POVO Online tentou contato com o deputado Jardel, mas não obeteve resposta.

Carreira

Jardel foi ídolo do Grêmio na década de 90. Passou por times internacionais, como Porto e Sporting. A partir de 2003 sua carreira entrou em declínio. Em 2009, ele passou por dois clubes cearenses, o Ferroviário e o América. Em entrevistas mais recentes, o ídolo gremista revelou que enfrentou problemas com drogas e depressão. Aposentado do futebol desde 2011, ele elegeu-se deputado estadual pelo PSD em 2014, com 41.227 votos.

Quando jogava, Jardel era famoso também por suas declarações inusitadas, como: "Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja", "o interessante é que aqui no Japão só tem carro importado", "quando o jogo está a mil, minha naftalina (referindo-se à adrenalina) sobe", "clássico é clássico e vice-versa".

FONTE DN