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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Uma pessoa é assassinada no Brasil a cada 10 minutos, aponta estudo



O Brasil registrou 53.646 homicídios ao longo de 2013, o que dá uma média de um caso a cada 10 minutos. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta terça-feira (11) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Se por um lado o Brasil voltou a registrar alta no número total de assassinatos, o país conseguiu reduzir a taxa de homicídios (quando os casos são comparados com o total da população).

Foi o terceiro aumento seguido no número de crimes, que apresentavam redução até 2010. Em 2012, o número de mortes foi de 53.054.

Mesmo com a alta, o Brasil reduziu a taxa de homicídios de 27,4 para 26,6 por cada 100 mil habitantes. Para a ONU (Organização das Nações Unidas), taxas acima de 10 por 100 mil são consideradas de violência em nível epidêmico.

Das 27 unidades da federação, 14 conseguiram reduzir a taxa de homicídios em 2013. Apesar disso, nenhum Estado conseguiu atingir níveis aceitáveis de homicídios.

Os Estados que mais se aproximaram foi São Paulo e Santa Catarina, com taxa de 10,8 homicídios por cada 100 mil habitantes.

A maior queda foi no Paraná, onde a taxa caiu de 31,1, em 2012, para 24,5 para cada 100 mil habitantes. Já o Rio Grande do Norte teve a maior alta, mais que dobrando dos 12 para 24,3 por cada 100 mil.

Os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Norte, porém, estão na lista dos sete que têm dados considerados "pouco confiáveis" pelo Fórum.
Proporcionalmente, Alagoas segue como o Estado mais violento do país.

Desde 2008, o Estado lidera o ranking de mortes. Em 2013, 2.230 foram mortas de forma violenta, o que dá 67,5 para cada 100 mil habitantes. A taxa é similar a de El Salvador, o segundo país mais violento do mundo, com taxa de 66 por 100 mil --Honduras é o líder, com taxa de 82, conforme dados da ONU.

Outro dado que chama a atenção é o crescimento no número de "mortes a esclarecer", que pode esconder um número ainda maior de homicídios. No ano passado, o número de casos nessa condição chegou a 16.291, o maior da série histórica dos oito anos do anuário.

Fonte: UOL