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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Câmara vota impeachment mas crescem chances de prefeito ser mantido no cargo

A Câmara de Vereadores de Baturité vota, hoje (1), o pedido de cassação do mandato do prefeito Bosco Cigano (PROS), acusado pela Comissão Processante da Câmara de Vereadores  de receber propina no valor de R$ 130 mil durante realização de Feira de Baturité.


Contra o prefeito, tem-se a constatação, feita pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), de desvio de R$ 130 mil na verba para realização do evento e laudos do Instituto de Criminalística do Ceará comprovando a assinatura de Bosco em recibos de propina. 

Porém, mesmo com uma acusação embasada em provas concretas contra o prefeito, Bosco deve escapar de ter seu mandato cassado devido a um movimento de aliados partidários em sua defesa. 
Correligionários e membros da base aliada do PROS articulam blindagem do prefeito na votação e já garantiram quatro dos seis votos que precisam para derrubar o impeachment. O movimento ganha força na ausência de lideranças de oposição no caso.

Desde o presidente da Comissão, o vereador Herberlh Mota (PSD), ligado ao vice-governador Domingos Filho (PROS), à vice-prefeita, Cristiane Braga (PT), estão todos na mesma rede de alianças, facilitando um possível entendimento quanto à manutenção de Bosco no cargo.

A votação deve acontecer logo mais, durante à tarde de hoje, mas a decisão está na mão do presidente da Câmara, Renaldo Braga (PSDB), que adiar a questão para segunda-feira (04). O vereador deve optar pela data que mais convir ao prefeito. 

Decisão na mão de rival

O ex-diretor do Banco do Nordeste (BNB) e ex-candidato a prefeito de Baturité, Assis Arruda (PRB), tem, na mão, a salvação ou perdição do rival. Ele tem forte influência sobre dois vereadores da Casa e, caso eles mudem de lado e votem contra a cassação, Bosco estaria salvo.

Mesmo continuando em maioria de 7 votos a favor contra 6 do prefeito, Bosco Cigano seria mantido, pois, para aprovar o impeachment, é necessária a maioria mais um de votos (8), Hoje, o empresário Assis Arruda estaria mais disposto a manter o prefeito no cargo, visando a enfrentar um candidato com baixa popularidade nas eleições de 2016.
fonte CEARÁ NEWS