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terça-feira, 29 de julho de 2014

Água para o Hospital Regional localizado em Quixeramobim poderá sair de Quixadá



Durante a disputa entre os municípios deQuixadá e Quixeramobim pelo Hospital Regional do Sertão Central – período em que os ilustres deputados quixadaenses se fizeram perceber apenas pela ausência -, um dos argumentos mais utilizados pelos quixeramobienses era que Quixadá não teria água para abastecer o gigantesco empreendimento.
A afirmação era que este seria o ponto determinante para a escolha por Quixeramobim. Dizia-se que Quixadá tinha tudo para receber o projeto: hemocentro, aeroporto regional, faculdades com cursos nas áreas de saúde, boa localização geográfica, etc. Mas água Quixadá não teria. Passados alguns anos, é interessante notar o que tem acontecido.
O açude Fogareiro, de Quixeramobim, está com apenas 9.18% de sua capacidade. Já o Pirabibu está com nível baixíssimo, na casa dos 4.57%, e a barragem, embora com nível acima dos 70%, não possui profundidade e não suportaria um período longo de estiagem. Assim, Quixeramobim se vê sem água para abastecer o Hospital Regional.
Surpreendentemente, a solução que o Governo do Estado estuda para o problema é construir uma adutora a partir do açude Pedras Brancas, em Quixadá, para abastecer o Hospital Regional. O açude Pedras Brancas está com 24.15% de sua capacidade de armazenagem, o que equivale a pouco mais de 100 milhões de metros cúbicos.
A adutora, porém, não serviria apenas ao propósito de abastecer o Hospital Regional, mas toda a população de Quixeramobim, que se vê angustiada diante da grande crise no abastecimento de água. O assunto foi debatido em junho, em reunião entre o prefeito Cirilo Pimenta e o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos ( Cogerh), Sr. Rennys Frota.
A situação é emblemática e demonstra que poderia ter sido fácil para Quixadá ganhar o Hospital Regional. O que faltou, na época, foi articulação política, especialmente por parte dos parlamentares quixadaenses que compunham a base de apoio ao governo do estado. A escolha foi, de fato, menos técnica e mais política. Quixadá tinha todos os requisitos para receber o empreendimento, só faltou uma classe política a altura do potencial que o município possui.
Mas a questão prática mais importante é: será que o açude Pedras Brancas, com menos de um quarto de sua capacidade, suportaria a demanda? Será que a população de Quixadá não vai sair prejudicada? E se fosse o contrário, será que a ideia tomaria corpo? Teria o governador Cid Gomes a mesma disposição? E quanto à classe política de Quixadá, o que fará desta vez? Resta esperar para ver até onde Quixadá pode ser sugado em benefício dos vizinhos.
FONTE MONÓLITOS POST