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terça-feira, 13 de maio de 2014

Sedentarismo é o maior fator de risco para doenças cardíacas em mulheres acima de 30 anos, revela estudo


O estudo foi feito por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, com mais de 30 mil mulheres do país nascidas nas décadas de 20, 40 e 70.

Eles chegaram a conclusão de que o tabagismo tem o maior impacto sobre o risco de doenças cardíacas em mulheres abaixo de 30 anos.
Porém, à medida em que elas vão envelhecendo e abandonando o cigarro, a falta de atividade física passa a ter influência dominante sobre o aparecimento de problemas ligados ao coração.


A Clique pesquisa foi divulgada na revista científica British Journal of Sports Medicine.

De acordo com os cientistas, as autoridades de saúde devem continuar encorajando as pessoas a deixaram de fumar, porém deveriam também se concentrar em promover a prática da atividade física.

"Precisamos de um maior empenho das autoridades no sentido de manter as mulheres de meia-idade ativas para que elas possam chegar à velhice mais saudáveis e praticando exercícios físicos", falou à BBC a professora do centro para a pesquisa sobre o exercício, atividade física e saúde da Universidade de Queensland, Wendy Brown.

Segundo o site BBC, Brown sugere que as mulheres façam exercícios diários de pelo menos 30 minutos para reduzir os riscos de problemas cardíacos.


Garanto que qualquer mulher que faça pelo menos 30 minutos de exercício físico por dia vai sentir grandes melhorias em sua saúde", diz Brown.

"Só a prática de atividade física reduz em 50% o risco de doenças cardíacas", acrescenta.

Os pesquisadores ainda afirmam que se todos as mulheres acima de 30 anos na Austrália seguissem as diretrizes recomendadas de exercício físico, aproximadamente 3 mil vidas poderiam ser salvas por ano no país.

Brasil

Ainda de acordo com o site BBC, dados recentes do Ministério da Saúde apontam um aumento no número de brasileiros que incorporam os exercícios físicos à rotina.


Entre 2009 e 2013, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelou que cresceu de 30,3% para 33,8% a proporção de pessoas que realizam atividade física no período de lazer.

Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios no tempo livre, enquanto que, em 2009, o índice era de 39,7%.

Porém, o aumento da prática de exercícios entre as mulheres foi mais elevado, passando de 22,2% para 27,4% no mesmo período.

Mesmo assim, mais da metade da população – 50,8% - está acima do peso ideal – destes, 17,5% são considerados obesos.

A pesquisa Vigitel ouviu cerca de 23 mil brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.
Redação O POVO Online