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terça-feira, 6 de maio de 2014

Madrugada desta terça-feira terá chuva de meteoros



A passagem do cometa Halley, um dos mais famosos eventos espaciais, ainda está longe de se repetir. Como o astro nos visita a cada 75 anos, e passou pela Terra pela última vez em 1986, a projeção é que seja possível vê-lo novamente em 2061. Duas vezes por ano, porém, a Terra passa pela órbita de Halley, e os fragmentos de rochas e poeira que se desprendem do cometa causam chuvas de meteoros. Uma delas, denominada chuva de Eta Aquarídeos, poderá ser vista na madrugada desta terça-feira.

"Meteoros são fenômenos luminosos que acontecem quando um pedaço de rocha espacial entra em atrito com a atmosfera e sofre vaporização, tornando-se brilhante", explica Enos Picazzio, astrofísico do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP). Isso pode acontecer com uma rocha isoladamente ou vários fragmentos vindos de um mesmo local — o que caracteriza as chuvas de meteoros. Quando a Terra passar pela órbita do cometa Halley, os fragmentos liberados por ele se chocam com a atmosfera, provocando o espetáculo que pode ser observado no céu. Como as partículas costumam ser muito pequenas, elas ou se desintegram antes de atingir o solo terrestre ou chegam aqui em forma de poeira espacial.

Os principais eventos astronômicos de 2014

Um dos espetáculos mais bonitos esperados para este ano é o eclipse total da Lua, previsto para 15 de abril. A Lua vai entrar na região de sombra feita pela Terra, desaparecendo completamente do céu. O evento poderá ser observado em todo o Brasil, exceto o fim do espetáculo, quando a Lua reaparecer, pois já terá amanhecido por aqui.

O eclipse vai começar às 3h da manhã. Por volta das 4h, se inicia a fase total do eclipse, quando a Lua some atrás da sombra da Terra. Às 5h24, o satélite começa a sair da escuridão, e ressurge inteiramente às 6h33.

No dia 8 de outubro haverá outro eclipse total da Lua. Mas este terá início quando o dia estiver clareando para nós, por volta das 6 da manhã, de modo que a maior parte do território nacional não vai ver nada. Quem estiver no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e em parte do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amapá pode conseguir observar o comecinho do evento.

Segundo Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos, apesar de comum, esse evento não ocorre anualmente, pois depende das configurações de ciclo da Terra, da Lua e do Sol. Em 2013, por exemplo, nenhum eclipse total lunar foi observado. Quando eles acontecem, costumam ser dois no mesmo ano.
FONTE VEJA.