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sexta-feira, 21 de março de 2014

ENERGIA ELÉTRICA, O ÔNUS É NOSSO MAIS UMA VEZ!


Sob as mais estapafúrdias justificativas vão meter a mão no bolso do consumidor mais uma vez. Além dos aumentos “normais”, ainda temos que arcar com o ônus de cerca de R$ 12 bilhões para aplacar os prejuízos das distribuidoras de energia elétrica.
Alguém poderia nos informar, com isenção, os LUCROS exorbitantes auferidos pelas companhias quando em períodos considerados “normais”? Já não bastam os apagões que resultam em prejuízos incalculáveis a toda a sociedade brasileira? Já não bastam os supostos “prejuízos” decorrentes por conta de ligações clandestinas (gatos) que inexplicável e injustamente nos são repassados? Isto é: outros roubam e nós TODOS, os que honramos nossos compromissos, pagamos por eles. Existe negócio melhor no mundo que esse onde as companhias não correm RISCOS peculiares a todas as empresas? Se registrarem prejuízos, os consumidores, diretamente ou com recursos do Tesouro (que somos também nós que pagamos já que o dinheiro tem origem na altíssima carga tributária paga pela sociedade) teremos que ressarcir às companhias. Os lucros, por sua vez, não nos são repassados de forma alguma. E, registre-se, de algumas companhias temos até que receber por conta de cobranças indevidas. É o caso da COELCE que, respaldada pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (mais uma das tais Agências que deveriam zelar pelos direitos dos consumidores como é o seu objetivo e não o fazem a contento, muito pelo contrário) lesou cerca de 3,29 milhões de consumidores em montante aproximado de R$ 300 milhões (não computadas as correções monetárias pertinentes), com cobranças a mais do que devido, no período de abril de 2011 a abril de 2012, sendo, portanto objeto de Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério Público Federal, objetivando o ressarcimento aos sacrificados e lesados consumidores. A forma de indenização seria em compensação nas faturas de 2013 a 2014, ou até quitar o devido montante, pelo menos isso, mas que ainda pende de decisão judicial e ai já sabemos no que resulta. Haja paciência!
Por que então o privilégio dessas distribuidoras? Só neste Brasil à deriva de um povo em demasia pacífico e com a negligência e aquiescência de um Congresso omisso, já combalido e onde cuida apenas de distribuição de benesses entre os partidos (como agora se constata) é que se permitem esses absurdos. Um acinte! Somos ultrajados todos os dias e de diversas formas e com a ciência o assentimento das nossas autoridades constituídas que a tudo assistem e não se dignam sequer cumprir o que lhes é de ofício.
E assim caminhamos à deriva, vassalos como bem disse irônica e assertivamente Zé Ramalho: Vida de gado. Povo marcado, Êh! Povo feliz!...”.
 
José HILDEBERTO Jamacaru